11 de set. de 2015

Projetos de Eficiência Energética na Indústria Paranaense serão Favorecidos.

  
Na data de ontem, dia 10 de setembro de 2015, participei do Seminário sobre REDUÇÃO DO CUSTO DE ENERGIA - ALTERNATIVAS PARA O SETOR INDUSTRIAL, o qual objetivou por em imediata discussão a necessidade de se investir em fontes alternativas de energia e avaliar as possíveis soluções para as dificuldades enfrentadas no campo da energia de forma a promover a redução de custos e a obtenção de novas tecnologias que permitam, em particular, a Eficiência Energética na Indústria Paranaense.

Promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e realizado no Câmpus da Indústria da FIEP, em Curitiba-PR, o Seminário em referência chamou a atenção, também, para o fato de existir um grande atraso em nosso país, em relação a outros países e inclusive do Paraná em relação a outros Estados de nossa Federação, quanto aos temas relacionados à Eficiência Energética e ao desenvolvimento de formas alternativas de produção de Energia.

Na atual Sociedade nossas atividades exigem cada vez mais a utilização de distintas formas de energia. Todavia, a utilização das formas de energia existentes envolve, necessariamente, transformações que levam à perda de parte destas energias gerando, inevitavelmente, desperdícios e elevados custos. Assim, estudos sobre a Eficiência Energética são solicitados constantemente. Uma lâmpada, por exemplo, transforma a eletricidade em luz e calor. Se o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua Eficiência Energética é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada. Com base no parâmetro inicial estabelecido é possível, então, realizar estudos e pesquisas que objetivem a otimização da correspondente energia para “fazer mais com menos”.

Não havendo, entretanto, estudos sobre a Eficiência Energética, os desperdícios de energia vão se multiplicando à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia. A ampliação da Eficiência Energética pretendida pode tanto estar voltada para a redução nos custos quanto para a diminuição no consumo de energia. De outro lado, há de se ponderar, ainda, que a economia de energia, em um mundo em constante evolução, passa a constituir prerrogativa de gestão competente e assume um significativo diferencial no campo da competitividade.

Diante das complexidades e dificuldades do quadro atual relacionados à energia, a FIEP, de forma proativa, se antecipa e passa a identificar parceiros para o desenvolvimento de soluções para a redução de custos e a obtenção de novas tecnologias que visem a Eficiência Energética no Setor Industrial do Paraná.

Como uma primeira ação efetiva das parcerias pretendidas, a FIEP e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) assinaram, durante o Seminário, um termo de Cooperação Técnica para fomentar Projetos de Eficiência Energética no setor Industrial do Paraná.

Segundo o correspondente Termo de Cooperação Técnica caberá ao Sistema FIEP orientar os empresários interessados sobre as condições de financiamento previstas no Programa BRDE ENERGIA, bem como sobre a documentação necessária para a instituição do correspondente processo. O Sistema FIEP indicará, também, Serviços Técnicos associados à Eficiência Energética para compor os correspondentes protocolos dos projetos junto ao BRDE.

Durante o Seminário, além da apresentação de temas associados à Eficiência Energética, foram consideradas, também, algumas tecnologias e soluções práticas e de curto e médio prazo já conhecidas para reduzir os custos com o suprimento de energia nas atividades industriais enfocando temas tais como: Fornecimento de Energia Elétrica para a Indústria, Energias Renováveis e Linhas de Financiamento.

Quanto às Linhas de Fomento ressaltou-se, em particular, o citado Programa BRDE ENERGIA que oferece crédito tanto para o desenvolvimento de Projetos de Eficiência Energética quanto para a pesquisa de Energias Renováveis. O objetivo do Programa BRDE ENERGIA é contribuir com ações em prol da redução do desperdício e da racionalização do uso de energia em ambientes produtivos ou comerciais, além de patrocinar projetos de geração de energia que utilizem fontes renováveis, tais como a eólica e a solar.

Seguindo os passos da FIEP, que se propõe trabalhar para desenvolver soluções e identificar alternativas para minimizar os fortes impactos decorrentes dos desperdícios de energia e dos constantes aumentos de energia em nosso Estado, bem como perspectivar formas alternativas mais adequadas de produção de energia, somos conclamados, também, a unir nossas forças e compartilhar nossos conhecimentos.

Carlos Magno Corrêa Dias
11/09/2015