21 de jan. de 2016

Contradições entre Produção Científica e Conhecimento Útil mantendo Subdesenvolvimento.

  
O Brasil está na 23ª. posição no Ranking Global de Qualidade Científica de acordo com a Edição 2015 do Nature Index.

Chega a ser incompreensível, senão inadmissível, absurdo, porém, a constatação que o mesmo Brasil, a sétima maior economia do mundo, esteja na penúltima posição no Ranking da WIPO (World Intellectual Property Organization) com apenas 41.453 patentes válidas enquanto o primeiro lugar possui 2,2 milhões de patentes válidas.

O número de patentes bem pode “refletir” o grau de INOVAÇÃO de uma Nação e quanto mais elevado o correspondente grau atingido mais desenvolvida será a Nação que assim se posiciona.

Como o Brasil produz muitos artigos e é MUITO "subdesenvolvido" em INOVAÇÃO, pode-se supor que no Brasil já se implantou a prática daninha da “Salami Science” a qual constitui procedimento de fatiar uma mesma descoberta, como se faz um salame, para gerar o maior número possível de artigos científicos objetivando a correspondente publicação. Com a prática da “Salami Science” tem-se uma produção gigantesca, entretanto ineficaz para a geração de conhecimento útil e necessário.

Dentre os inúmeros malefícios gerados pela prática miserável da “Salami Science”, vivenciado com maior intensidade nas Universidades Brasileiras Públicas, o impedimento do giro natural da “TRÍPLICE HÉLICE DA INOVAÇÃO” é, possivelmente, o mais danoso para uma Nação que almeja ser desenvolvida.

As Universidades Brasileiras Públicas não podem permanecer fora da “TRÍPLICE HÉLICE DA INOVAÇÃO” (a qual intitui a necessidade de trabalho conjunto entre Governo, Meio de Produção e Academia para a geração de Conhecimento Útil) e devem ser chamadas (urgentemente, também) para contribuir na resolução do grave problema aqui apresentado uma vez mais.

Carlos Magno Corrêa Dias
21/01/2016