As dificuldades relacionadas com a manutenção de um mundo sustentável sempre se mostram ampliadas no transcorrer do tempo e o futuro, por consequência, sempre exige medidas necessárias para que a utilização dos recursos naturais que satisfaçam as necessidades presentes não comprometam as necessidades das gerações futuras. Assim, a sustentabilidade deve ser cobrada continuamente.
Da obrigatoriedade do ser humano interagir com o mundo e preservá-lo em todos os sentidos para não comprometer a vida das gerações futuras surgiram, em setembro de 2000, durante a chamada Cúpula do Milênio, os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) os quais foram trabalhos durante os últimos quinze anos para promover e alcançar a perseguida sustentabilidade.
Mas, a despeito dos esforços mundiais, os ODM não foram atingidos em sua plenitude e muitos outros problemas surgiram com o desenvolvimento e o progresso acelerado promovido pelas Ciências e pelas Tecnologias. Os cidadãos do mundo, então, assumem no final de 2015 um desafio ainda maior e se comprometem com a Agenda 2030 que obrigou a ampliação dos ODM para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Os dezessete ODS com suas correspondentes cento e sessenta e nove metas formam um novo e gigantesco desafio na tentativa de se alcançar o desenvolvimento mundial sustentável e para a melhoria de vida dos cidadãos do mundo.
Em paralelo aos estudos e trabalhos relacionados com os antigos ODM e com os atuais ODS diversas inovações foram desenvolvidas e inúmeras perspectivas de solução dos problemas foram aventadas. Dentre estas possibilidades surgiu em meados de 1990 o modelo de Inovação da Tríplice Hélice com base na relação Governo-Universidade-Indústria no qual somente mediante a interação destes três atores (destas três forças) é possível criar um sistema de inovação sustentável e durável na era da economia do conhecimento e na era da informação.
Segundo a ideia fundamental do Modelo de Inovação da Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação o desenvolvimento e o progresso é mais fortemente possibilitado quando a Universidade (por meio do Poder do Conhecimento) mantém, necessariamente, relações simbióticas com o Poder dos Meios de Produção (Indústria e Comércio) e o Poder Político do Estado (Governo), objetivando, por meio da Inovação, a produção de CONHECIMENTO ÚTIL necessário para o desenvolvimento das Nações e para a melhoria de vida das Pessoas.
Todavia, quando os ODS chamam Sustentabilidade entre Academia, Governo e Meio de Produção os problemas são intensificados e as soluções passam a atingir significativos graus de complexidade que devem ser equacionados para o alcance das exigidas soluções. Cumpre-se, então assumir responsabilidades e trabalhar para se promover as relações entre os ODS e a Tríplice Hélice.
Como uma primeira ação particular efetiva que associa a concepção da Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação com os ODS organizei, conduzi e coordenei a Ação de Extensão intitulada "SINERGIAS E SIMBIOSE ENTRE A TRÍPLICE HÉLICE DA INOVAÇÃO E OS ODS NA ACADEMIA" a qual objetivou uma primeira divulgação específica na Academia (na Universidade) dos ODS como INDUTOR (centrado em Conhecimento) nas relações simbióticas entre o Setor Produtivo de Bens e Serviços (Meio Empresarial e Industrial), o Setor Regulador e Fomentador da Atividade Econômica (Governo) e o Meio Universitário visando a geração de Conhecimento Útil para o Desenvolvimento Pleno da Nação e para a Melhoria de Vida das Pessoas, bem como para a promoção das necessárias sinergias exigidas entre a Inovação, as Ciências e as Tecnologias.
CMCD - 2016
Para o fechamento das atividades de "SINERGIAS E SIMBIOSE ENTRE A TRÍPLICE HÉLICE DA INOVAÇÃO E OS ODS NA ACADEMIA" apresentei a palestra “A Relação Simbiótica entre os ODS e a Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação” na qual apresentei alguns dos caminhos possíveis já identificados a percorrer para se alcançar os propósitos pretendidos, lançando convite para que mais pessoas façam a adesão aos movimentos que se formam para alcançar os ODS.
Quando da conclusão da palestra referenciada afirmei categoricamente: ... O Brasil é nosso. É de todo Brasileiro que trabalha para transformá-lo em uma Nação Soberana e Desenvolvida na qual cada Cidadão possa viver com Dignidade. Os ODS mais que um conjunto de Objetivos em uma Agenda Global são para o Brasil, como para os demais países, um híbrido de Deveres e Direitos que exige a transformação necessária de realidades insustentáveis. Os ODS chamam o “giro” da Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação para a necessária união de forças entre Academia, Universidade e Indústria para conseguirmos um Mundo Sustentável.
Sigamos os caminhos que levam à Sustentabilidade, ao Desenvolvimento, ao Progresso e à Melhoria de Vida das Pessoas gerando CONHECIMENTO ÚTIL por intermédio do giro da Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação centrado no eixo dos ODS.
Carlos Magno Corrêa Dias
10/07/2016