30 de ago. de 2017

Relações entre Brasil e Japão são chamadas em reunião de cooperação.

              
Nos dias 28 e 29 de agosto de 2017, a convite da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tive a grata satisfação de participar da 20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão (XX Joint Meeting of the Japan-Brazil Economic Cooperation Committee), realizada no Câmpus da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), em Curitiba.

Contando com o apoio da FIEP o evento foi efetivado em parceria entre a CNI e a Keidanren Policy & Action do Japão.

Durante a reunião, objetivando estreitar os laços econômicos entre Brasil e Japão, foi reforçada a solicitação de empresários de ambas as Nações para o estabelecimento, o mais breve possível, de acordo comercial bilateral entre o Japão e o Brasil que venha facilitar o fluxo de comércio entre as duas Nações.


DIAS, C. M. C. - 2017

20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão promoveu importante oportunidade de cooperação internacional para o nosso País e pôs em discussão políticas públicas que poderão impactar no comércio e nos investimentos entre Brasil e Japão.

Um dos temas importantes discutidos durante a reunião foi a necessidade de investimentos na digitalização dos processos industriais como maneira efetiva de se impulsionar tanto a competitividade das companhias quanto o desenvolvimento social.

Quanto à digitalização ficou clara a diferença existente entre o modelo japonês e o conceito conhecido como Indústria 4.0 que é proclamado pela Alemanha e Estados Unidos. O modelo da Indústria 4.0 está focado principalmente nas indústrias manufatureiras, mas o modelo japonês não se restringe apenas à indústria, mas leva em conta, também, as pessoas, a sociedade e todas as formas de viver. Neste sentido, ter-se-ia no Japão uma Sociedade 5.0 em desenvolvimento na qual os dados gerados pela digitalização dos processos é o mais importante.

Ficou, também, evidenciado que o Brasil necessita aprimorar seu ambiente de negócios para atrair ainda mais investimentos de empresas do Japão e que é urgente rever no Brasil as altas taxas tributárias, as relações trabalhistas inseguras e as barreiras alfandegárias, pois estas são os grandes empecilhos para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Japão.

De outro lado, observou-se que embora a economia japonesa seja aberta, com poucas tarifas, existe um alto teor de proteção do agronegócio (em particular) que exigem grandes esforços dos empresários brasileiros para conseguir colocar mais produtos brasileiros em território japonês.

Todavia, ficou evidenciado, também, que para um acordo de comércio entre os dois países a troca de experiências é um importante meio de aproximação e de desenvolvimento mútuo. Assim, uma vez mais a Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão foi muito bem recebida e aplaudida.

Carlos Magno Corrêa Dias
30/08/2017